ACERVO

Vik Muniz | Pictures of Magazine 2 | 2012

Vik Muniz | Pictures of Magazine 2 | 2012

Na série Pictures of Magazine 2 (Fotos de Revista 2), o artista Vik Muniz recria ícones da história da arte utilizando imagens e textos retirados de revistas, tanto da cultura popular quanto da erudita. A obra que integra nosso acervo – After Breakfast, After Elin Danielson Gambogi (Depois do café da manhã, depois de Elin Danielson Gambogi) – é uma releitura da obra Depois do café da manhã, da finlandesa Elin Danielson Gambogi, artista que fez parte da primeira geração de mulheres artistas a receber educação profissional em arte na Finlândia. Esta obra faz parte da série Fotos de Revista, em que o artista trabalhou com os catadores do Jardim Gramacho, local que abrigou, até 2012, o maior lixão da América Latina.

Quer conhecer o acervo permanente ou precisa de fotos das obras em alta qualidade? Escreva para o e-mail [email protected].

ficha técnica

  • Autor

    Vik Muniz

  • Título

    Pictures of Magazine 2: After Breakfast, After Elin Danielson Gambogi

  • Ano

    2012

  • Técnica

    C-print digital ed 2/6

  • Dimensões

    180 x 265cm

  • Local da obra

    Copa

 

Na obra que integra nosso acervo, Fotos de Revista 2: Depois do café da manhã, depois de Elin Danielson Gambogi, Vik Muniz se apropria de fragmentos de revista, utilizando pequenos papéis rasgados em vez dos pequenos discos regulares usados na sua série de 2003, Fotos de Revista 1. As duas séries consistem em fotografias de grande formato que propositalmente convocam um elemento surpresa. De cara parecem velhas conhecidas: tal qual uma “galeria de imagens famosas roubadas” a série traz A origem do mundo, de Courbet, ou o Vaso de Flores, de Monet, ou ainda, pros mais ligados nas redes sociais, uma obra de arte que virou meme – que é o caso da obra que mora aqui no Ling, famosa em diversas páginas que brincam com a disposição da moça retratada (você pode conhecer um desses memes na página ArtesDepressão).

Ao olhar de perto, porém, é possível perceber que elas não são o que parecem. Cada imagem é uma colagem formada por diversas outras imagens – ou seja, “um mosaico de imagens sobrepostas que dissolve o plano da obra em uma infinidade de pontos focais”. Essas fotos são escaneadas e ampliadas para que o público veja os pelos, as fibras e até os mínimos detalhes do papel rasgado.

Indo contra o fluxo das mídias digitais, criado para o consumo imagético rápido, sem atenção e incessante, Vik Muniz nos convoca a demorar o olhar e assimilar o que vemos. Vik Muniz nos convida a olhar de novo para o que nos era conhecido e realmente (absor)ver as imagens.

 

 

Audiodescrição da obra:

Instituto Ling · Audiodescrição da obra Pictures of Magazine, de Vik Muniz, 2012

 


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Sobre o Artista

Vik Muniz
Correio 24 horas

Nascido em São Paulo/SP, em 1961. Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e Nova Iorque (EUA).

Desde 1988, sua obra questiona os limites da representação. O artista apropria-se de matérias-primas como açúcar, chocolate, algodão e até lixo para compor paisagens, retratos e imagens icônicas da história da arte e do imaginário ocidental, propondo novas leituras não só para esses materiais, mas, principalmente, para as representações feitas.

Sobre o artista, a crítica e curadora Luisa Duarte afirma:

 

“Sua obra abriga uma espécie de método que solicita do público um olhar retrospectivo diante do trabalho. Para ‘ler’ uma de suas fotos, é preciso indagar o processo de feitura, os materiais empregados, identificar a imagem, para que possamos, enfim, nos aproximar do seu significado. A obra coloca em jogo uma série de perguntas para o olhar, e é nessa zona de dúvida que construímos nosso entendimento”.

 

Algumas das suas exposições individuais recentes incluem Vik Muniz, no The Sarasota Museum of Art, em Sarasota, Estados Unidos (2019); Imaginária, no MAM-BA, em Salvador (2019); Vik Muniz: Verso, no Belvedere Museum Vienna (2018) e Afterglow – Pictures of Ruins, no Palazzo Cini, em Veneza (2017). Entre as mostras coletivas que contaram com a participação do artista figuram a 56ª Bienal de Veneza (2015) e a 24ª Bienal de São Paulo (1998); além da Troposphere – Chinese and Brazilian Contemporary Art, no Beijing Minsheng Art Museum, em Pequim (2017), e Botticelli Reimagined, no Victoria & Albert Museum, em Londres (2016).

Suas obras integram o acervo de mais de 160 instituições de arte pelo mundo, entre elas o Centre Georges Pompidou (Paris), Guggenheim Museum (Nova York), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madri) e a Tate Gallery (Londres). Além de artista, Vik Muniz se envolve com projetos sociais que “usam a criação artística como força transformadora”. Um desses projetos aparece no documentário Waste Land, de 2010, que foi indicado ao Oscar e ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Sundance. O artista foi nomeado Good Will Ambassador pela UNESCO, em 2011. Desde dezembro de 2021, mantém o projeto Lugar Comum, uma galeria de arte contemporânea localizada em uma das feiras mais populares de Salvador (Bahia), a Feira de São Joaquim.

Autor(a): Camila Salvá 

 

PARA SABER MAIS sobre a artista

Instagram do artista

Site do artista

Página do artista na Galeria Nara Roesler

Visita ao ateliê do artista

Ted Talk com Vik Muniz

Documentário do artista sobre a série Lixo Extraordinário

Artigo do New York Times sobre a série Pictures of Magazine 2

 

Confira abaixo a entrevista que realizamos com a artista sobre a obra:

 

Referências 

Página sobre o artista na Galeria Nara Roesler. Disponível em: https://nararoesler.art/artists/61-vik-muniz/

Artigo de Roberta Smith para o New York Times. Disponível em: http://vikmuniz.net/library/new-york-times-vik-muniz-pictures-of-magazines-2

Artigo da Biblioteca Virtual del Banco de la República (Bogotá). Disponível em: https://www.banrepcultural.org/vik-muniz/galeria-19.html

Artigo de Victoria Louise para o Blog ArtSoul. Disponível em: https://blog.artsoul.com.br/vik-muniz-inaugura-em-dezembro-galeria-em-salvador/