Karen Axelrud | D. M9, D. M5, D. M8, D. M6 | 2015
O conjunto que se encontra na Sala dos Fundos é formado por quatro gravuras individuais da mesma série. A artista explora a matriz da gravura em metal para criar suas composições geométricas. É a beleza matemática que encanta: formas precisas, regulares e exatas; feitas a partir de um número limitado de peças em cobre que Karen posiciona, reposiciona e sobrepõe, criando uma espécie de meta-gravura, ou seja, uma gravura sobre o próprio processo da gravura.
O título das gravuras é um código que a artista utiliza para se organizar já que produz muitas gravuras e tem relação com o tipo de procedimento que é feito nelas. Então, D.M significa deslocamento da matriz.
Quer conhecer o acervo permanente ou precisa de fotos das obras em alta qualidade? Escreva para o e-mail [email protected].
ficha técnica
-
Autor
Karen Axelrud
-
Título
D. M9, D. M5, D. M8, D. M6
-
Ano
2015
-
Técnica
Gravura em metal
-
Dimensões
26,75 x 78 cm
-
Local da obra
Sala dos Fundos
Sobre esta série de trabalhos de Karen Axelrud, o curador, crítico e historiador de arte Eduardo Veras declara:
“A economia de meios e extensões parece convocar uma lembrança suprematista: preto sobre branco, preto sobre preto, branco sobre branco, plano com plano, contornos com contornos. Essa combinação à Malevich dá pistas, talvez, de uma dimensão espiritual da geometria – e da própria arte.”
Eduardo Veras em texto sobre a exposição Matriz
E no mesmo texto, continua:
“Se a gravura depende de uma matriz, o que acontece quando essa matriz independe de tinta? O que se passa quando a matriz transfere apenas seu volume e sua espessura para o papel? E se a matriz, coberta de tinta, não contiver um desenho para matizar, nenhum desenho além do próprio plano e de seu contorno? Ou ainda: e se a matriz, coberta de tinta mais uma vez, começar a reincidir sobre sua própria mancha?
Karen Axelrud testa nessas pequenas séries o que quer e o que pode a gravura em metal. Há limites nessa expansão? Até quando a gravura resiste como gravura? Talvez seja a consciência de si o que está em jogo.”
Audiodescrição da obra: